O designer egípcio Karim Rashid nasceu em 1960, no Cairo. Filho de pai egípcio e mãe inglesa, foi criado no Canadá. Formou-se em desenho industrial no ano de 1982, pela Carleton University de Ottawa, e seguiu para a Itália no mesmo ano, buscando aprimorar seus estudos. Trabalhou com Gaetano Pesce, Ettore Sottsass e Rodolfo Bonetto. Ao voltar para o Canadá, Karim passou 7 anos na KAN Industrial Designers, empresa que tinha entre seus clientes Samsung e Black&Dezker.
No final dos anos 80 Karim começou a lecionar, e vem trabalhando com universidades e dando palestras pelo mundo desde então, alem de escrever para diversas publicações de design, e participar no júri de concursos da área. O estúdio em Nova York foi aberto em 1993. Dois anos depois, a Nambé lançou uma coleção inteira desenhada por Karim Rashid, que foi um sucesso absoluto de vendas. Começava então a produção de um design que encantou muitas indústrias, estendendo-se por diversas áreas. Karim tem entre seus clientes Prada, Issey Miyake, Umbra, Sony, Giorgio Armani, Hyundai, Cytibank, Edra, Grendene e Carolina Herrera, entre outros.
Atualmente, Karim Rashid tem mais de 2.000 produtos no mercado, projetou hotéis, restaurantes e bares e foi premiado inúmeras vezes em muitas categorias, já que são muita as áreas em que atua, como ID Magazine’s Annual Design Review 2003, 2002, 2001, 2000, prêmio de Melhor Hotel de Design da Europa em 2005, premio de Best Retail Store em 2003 e vários outros.
São 70 objetos seus em coleções permanentes de 14 diferentes museus, entre eles o MOMA em Nova York, Montreal Museum of Dezorative Arts, Denver Art Museum, San Francisco Museum of Modern Art, Brooklyn Museum of Art, Price Tower Art Center, The Jewish Museum, Art Museum of Ontario.
"Cresci com canetas, caderninhos de desenho, livros de arte, design, arquitetura, moda... E meus pais nos levavam para museus e galerias o tempo todo. Meu pai desenhou os móveis da nossa cama, vestidos para a minha mãe, cozinhava, fazia os nossos retratos, pintava quadros na nossa sala de jantar todas as noites... Sua criatividade não tinha fim. Isso foi nossa comida, nosso leite e nossa epifania. Como você passou a se interessa por design? De alguma forma, ele fez parte da sua infância? Eu estava no barco Queen Elizabeth com a minha família, indo de Londres para Montreal, quando eu tinha seis anos. Eles organizaram uma competição de desenho para cerca de 200 crianças. E eu decidi que poderia desenhar algumas malas já que eu era fascinado por ver meus pais colocando todos os nossos pertences em caixas de madeira e maletas. Naquele momento, eu percebi que poderia `desenhar minha própria mala", a minha proposta de "bagagem". Mas minha primeira lembrança de design foi quando eu vi a Expo 1967, em Montreal, aos sete anos. A segunda é da exposição "New domestic landscap" no MoMa, Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, quando eu tinha 12 anos. Lembro da sala cinza de Ettore Sottsass (designer italiano) e acredito que naquele dia eu poderia viver num quarto cinza, sem fronteiras, barreiras, com a mais completa liberdade para fazer e pensar o que quisesse. Depois, li o livro de Raymond Loewy (considerado o pai do desenho industrial) aos 14 anos e me tornei quase obsessivo em relação a Jean Arp (escultor e pintor surrealista).
Namoradeira feita especialmente p/ a Veuve Clicquot |
Mas não é que faltam cores. Segundo Rashid, a indústria do plástico avançou tanto que é possível fazer o mesmo produto em mais de 3.000 tons, mas o rosa, ele diz, permite "elevar os sentidos".
"Sempre achei que o rosa tem uma energia estranha", conta Rashid. "Há alguns anos não havia sequer um produto cor-de-rosa no mercado, mas estamos aprendendo a lidar com essa cor difícil."
Foi para romper com o marasmo do planeta-Terra que ele adotou de vez o acrílico cintilante, mas não esqueceu de tudo, os passos do primeiro homem na Lua: seus traços orgânicos são forte aceno à chamada space age, a era espacial.
Cerâmicas também fazem parte da linha de produtos desenhadas por KR.
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